Foi Jesus que revelou a existência de
um Deus Uno e Trino, a Santíssima Trindade, tendo mencionado isso várias vezes
nos Evangelhos, que é um mistério, isto é, não pode ser compreensível pela
inteligência humana: um só Deus em três pessoas distintas; o Pai e o Filho e o
Espírito Santo, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, porém,
é um só Deus em três pessoas distintas. Algumas vezes Jesus assim se refere ao
Pai, como: “Também o Pai que me enviou dá testemunho de mim.” (Jo 5,37), ainda:
“Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou não o atrair;...” (Jo 6,44) a
primeira vista parece que existe uma hierarquia na Santíssima Trindade do Filho
estar subordinado ao Pai que não é verdade, o Símbolo de Santo Atanásio demonstra
bem isso com muita clareza. Não há hierarquia na Santíssima Trindade cada
pessoa tem uma função específica. Contudo, por ser um mistério não impede que
se façam conjecturas, muitos santos o fizeram, o mais conhecido entre eles foi
Santo Agostinho. Procurar vir a conhecer melhor a Santíssima Trindade leva
aquele que quer se aprofundar na essência de Deus. Segundo o Gênesis Deus ao
criar o ser humano o fez a sua imagem e semelhança. Deus é puro espírito, ele
não tem corpo, não ocupa lugar no espaço. Então qual é a semelhança entre Deus
e a sua criatura? É que ambos possuem inteligência, vontade e sensibilidade.
Com a diferença que Deus as tem estas faculdades plenamente e o ser humano as
têm limitadas. Podemos nos referir a Deus de várias formas compreensíveis,
como; o Criador, o Onipotente, o Ser Maior, etc. Por que não nos referirmos
também a Deus Pai como Inteligência Divina, ao Filho como Vontade Divina e ao
Espírito Santo como Sensibilidade Divina? A Inteligência Divina criou, elaborou,
planejou, arquitetou, enquanto que a Vontade Divina executou o que foi criado,
planejado, arquitetado, “No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus, e o
Verbo era Deus. No princípio estava ele com Deus. Todas as coisas foram feitas
por ele e sem ele nada se fez de tudo que foi feito”. (Jo 1, 1- 4) a por sua
vez a sensibilidade sente, percebe, contempla o que foi criado, planejado,
arquitetado e executado e com amor desde o momento em tudo aconteceu até chegar
a criação do ser humano, obra prima da criação feita a sua imagem e semelhança.
O Espírito Santo, a Sensibilidade Divina, prossegue em todos os tempos
observando, contemplando, todas as atividades do ser humano, seus pecados e
suas virtudes, seus erros e acertos, aqueles procuraram e que ainda procuram
encontrar o seu Criador e também aqueles que nunca se importaram e continuam
não se importando em querer conhecê-Lo, preferindo satisfazer a si mesmo
desordenadamente pouco se importando com Aquele que deu a vida. Porém, o
Espírito Santo com a sua sensibilidade ama a todos inclusive os pecadores na
esperança que eles se voltem para Deus e se arrependam a tempo dos seus pecados
para que possam assim serem acolhidos no seio da Santíssima Trindade. Sem
pretender de modo algum querer desvendar o mistério da Santíssima Trindade eu
penso que com este raciocino podemos nos aproximar, contemplar a grandeza de
Deus Uno e Trino. No momento oportuno a Inteligência Divina enviou através da
Vontade Divina com a Sensibilidade Divina o nascimento de Jesus para com amor a
fim redimir toda a humanidade.
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