terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Deus é amor

“Mas, se alguém guarda à sua palavra, nesse é verdadeiramente o amor de Deus é perfeito. Nisto reconhecemos que estamos nele”. (1 Jo 2, 5) “Aquele que não ama não conheceu a Deus, porque Deus é amor”. (1 Jo 4,8) “Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele”. (1 Jo 4,16) “Pois este é o amor de Deus: observar os seus mandamentos”. (1 Jo 5, 3) “Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado”. (Mc 16, 16) (Bíblia de Jerusalém) Se analisarmos palavra por palavra dos testos acima verificamos que Deus estabelece condições para que nós possamos nos unir a ele. No primeiro versículo se lê a condição: “se alguém guarda à minha palavra”, isto é, quem obedece aos seus mandamentos. No segundo versículo se lê: “Aquele que não ama”, isto é, quem não ama a Deus sobre todas as coisas e o seu próximo como a si mesmo não conheceu a Deus, está muito longe dele. No terceiro versículo lê-se: “observa”; donde se deduz que somente quem observa, ou procura observar sinceramente os seus mandamentos vai conseguir conhecer o amor que Deus tem por nós e assim provocar em nós a justa reciprocidade de que ele é merecedor. Jesus é taxativo impondo as suas condições. Observe-se que aí há duas condições: ser batizado e crer, porém, entende-se que neste caso que além de ser batizado é preciso crer. Aquele que mesmo tenha sido batizado, mas deixou de crer, não perseverou na fé adquirida no seu batismo não ganhara a vida eterna. Deus ama todas as suas criaturas, contudo, ele quer ser reconhecido como o seu Criador e que seja correspondido com o mesmo amor. “Portanto, amaras a Iahweh teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força”. (Dt 6,5) Simplificando o decálogo a Igreja, com a sua autoridade, assim iniciam os dez mandamentos; “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Na verdade no primeiro mandamento estão incluídos todos os demais, porque que ama a Deus obrigatoriamente tem que observar naturalmente todos os demais. Quem ama procura não desgostar o ente amado, mas sim satisfazê-lo em tudo — obviamente, se o ente amado, como Deus, tão somente quer o bem — Deus condiciona a união eterna com ele se eu nos esforçarmos em fazer a sua vontade que muitas das vezes exige renuncia da nossa parte com sacrifícios pessoais; que não é fácil. Jesus nos ensina: “Portanto, deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Ele faz um apelo para que procuremos ser perfeitos em tudo, embora, isso se torne impossível porque somente Deus é totalmente perfeito, todavia, Jesus nos aponta essa meta como um ideal de vida. O gozo sublime da vida eterna não é só a visão de Deus, mas, a união intima com ele. Deus é a própria perfeição e para nós nos juntarmos, justapormos a ele, exige que nós que sejamos também perfeitos, e isso somente acontecerá quando passarmos desta vida para a outra nos purificando devidamente no purgatório, que onde haverá o ajuste necessário. Maria, sua escolhida como filha, mãe e esposa não passou por esse estagio de purificação. O purgatório, claro que não é um lugar, mas um estado de espírito, em que a alma ao deixar este mundo faz um profundo exame de consciência e passa a verificar aquilo que realmente ela é com todos os seus defeitos; grandes, médios, pequenos ou mesmo ínfimos, mas que a impede conscientemente de se unir intimamente com Deus, porém, essas almas sofrem aflitivamente sede por não estarem unidas a Deus que é o seu destino final, elas estão relativamente felizes porque conseguiram a salvação aguardando impacientemente o momento de se unir ao se Criador. Este é o seu sofrimento. As almas dos falecidos nada mais podem fazer em beneficio de si mesmas para auto se purificar, o tempo destinado para isso acabou quando elas deixaram este nosso mundo, porque na eternidade não existe mais tempo, espaço e matéria, porém, entra em ação para ajudá-las a comunhão dos santos, a fim de beneficiá-las toda a Igreja a militante, a peregrina neste mundo, que se eleva interruptamente em oração a Deus, de modo especial nas sucessivas e interruptas missas celebradas dia e noite em todo mundo em favor da Igreja padecente, no memento dos mortos, elevando-as, “empurrando-as”, aproximando-as, assim, ainda cada vez mais da bem aventurança eterna, da presença de Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário