Refletir sobre a própria morte é
desagradável, mas é necessário. Todavia, devemos nos ater que desde o primeiro
“homo habilis” conhecido na Bíblia como Adão, até os nossos dias milhões de
gerações nos antecederam; pessoas como nós nasceram, se desenvolveram,
tornaram-se adultas envelheceram e morreram, algumas na tenra idade, outras na
idade madura, ainda outras somente na velhice. Nós como cristãos católicos,
cremos que somos compostos de corpo e alma. A morte acontece com a separação da
alma do corpo. Muitas pessoas quando pensam na sua morte vem logo na sua mente
a imagem do seu corpo inerte, pálido estendido dentro de um caixão funerário a
espera do sepultamento. O católico tem que pensar de outra forma. Aquele que
acaba de falecer deve sentir que a sua inteligência, vontade e sensibilidade,
que são as faculdades da alma, vão se soltar do seu corpo deixando-o para trás.
A alma, livre do seu corpo, anseia por uma plena e total felicidade que ela
sempre procurou, mas que enquanto viveu atrelada ao seu corpo nunca a atingiu
plenamente. A plena felicidade era um ideal impossível de ser totalmente
atingido enquanto ela estava intimamente ligada no seu corpo por inúmeras
razões. O corpo exigia constante manutenção; cuidado com a saúde, com a
aparência, prepara físico e outros cuidados indispensáveis a vida como moradia,
alimentação, meios de locomoção, etc. Não havia tempo para cuidar, como ela
devia da sua alma, da sua vida espiritual. Agora liberta dos entraves criados
pelo corpo a alma esta livre para procurar à plena e total felicidade, isto é,
dela estar plenamente satisfeita consigo mesma. Mas, enquanto ela não encontrar
aquilo que ela tanto almeja ela se encontra infeliz. No outro mundo onde ela
passa a se encontra descobre que a plena e total felicidade encontra-se em Deus
e que Deus sendo perfeito exige que aqueles que Dele se aproxime e se unam a
Ele também sejam perfeitos, para assim se justaporem a Ele. Poucos,
pouquíssimos, conseguem a esta justaposição com Deus imediatamente após a
morte, Maria Santíssima foi uma dessas exceções. Muitos santos consagrados pela
Igreja como modelos a serem seguidos tiveram antes de se integrar a Deus
tiveram que passar por uma adaptação. Aquelas pessoas que antes de deixar a
vida terrena e se preocuparam com a sua salvação e se esforçaram na medida das
suas limitações em procurar em serem perfeitas, ao chegar à eternidade elas
tinham ciência daquilo que as esperava, elas sabiam que teriam que se adaptar a
exigência de Deus. Elas teriam que enfrentar o purgatório. Infelizmente outras
pessoas, contudo, que nunca em suas vidas deram a mínima importância aquilo que
Jesus aconselhou: “Sejam perfeitos como o Pai que está no céu é perfeito” (Mt
5,48) que nunca aspiraram à união com Deus, sentirá então que não têm a mínima
condição de encontrar a verdadeira felicidade que é de viver intimamente com
Ele porque nunca se prepararam para esse encontro com a divindade. Amargurados,
sentem a sede da plena felicidade, mas sabem que jamais terão essa
oportunidade. Agora esclarecidos dos seus erros conscientemente cometidos e não
terem se arrependido a tempo, ficam então sabendo da frustração que os
acompanhará pra todo o sempre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário