quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Refletir sobre a própria morte






























Refletir sobre a própria morte é desagradável, mas é necessário. Todavia, devemos nos ater que desde o primeiro “homo habilis” conhecido na Bíblia como Adão, até os nossos dias milhões de gerações nos antecederam; pessoas como nós nasceram, se desenvolveram, tornaram-se adultas envelheceram e morreram, algumas na tenra idade, outras na idade madura, ainda outras somente na velhice. Nós como cristãos católicos, cremos que somos compostos de corpo e alma. A morte acontece com a separação da alma do corpo. Muitas pessoas quando pensam na sua morte vem logo na sua mente a imagem do seu corpo inerte, pálido estendido dentro de um caixão funerário a espera do sepultamento. O católico tem que pensar de outra forma. Aquele que acaba de falecer deve sentir que a sua inteligência, vontade e sensibilidade, que são as faculdades da alma, vão se soltar do seu corpo deixando-o para trás. A alma, livre do seu corpo, anseia por uma plena e total felicidade que ela sempre procurou, mas que enquanto viveu atrelada ao seu corpo nunca a atingiu plenamente. A plena felicidade era um ideal impossível de ser totalmente atingido enquanto ela estava intimamente ligada no seu corpo por inúmeras razões. O corpo exigia constante manutenção; cuidado com a saúde, com a aparência, prepara físico e outros cuidados indispensáveis a vida como moradia, alimentação, meios de locomoção, etc. Não havia tempo para cuidar, como ela devia da sua alma, da sua vida espiritual. Agora liberta dos entraves criados pelo corpo a alma esta livre para procurar à plena e total felicidade, isto é, dela estar plenamente satisfeita consigo mesma. Mas, enquanto ela não encontrar aquilo que ela tanto almeja ela se encontra infeliz. No outro mundo onde ela passa a se encontra descobre que a plena e total felicidade encontra-se em Deus e que Deus sendo perfeito exige que aqueles que Dele se aproxime e se unam a Ele também sejam perfeitos, para assim se justaporem a Ele. Poucos, pouquíssimos, conseguem a esta justaposição com Deus imediatamente após a morte, Maria Santíssima foi uma dessas exceções. Muitos santos consagrados pela Igreja como modelos a serem seguidos tiveram antes de se integrar a Deus tiveram que passar por uma adaptação. Aquelas pessoas que antes de deixar a vida terrena e se preocuparam com a sua salvação e se esforçaram na medida das suas limitações em procurar em serem perfeitas, ao chegar à eternidade elas tinham ciência daquilo que as esperava, elas sabiam que teriam que se adaptar a exigência de Deus. Elas teriam que enfrentar o purgatório. Infelizmente outras pessoas, contudo, que nunca em suas vidas deram a mínima importância aquilo que Jesus aconselhou: “Sejam perfeitos como o Pai que está no céu é perfeito” (Mt 5,48) que nunca aspiraram à união com Deus, sentirá então que não têm a mínima condição de encontrar a verdadeira felicidade que é de viver intimamente com Ele porque nunca se prepararam para esse encontro com a divindade. Amargurados, sentem a sede da plena felicidade, mas sabem que jamais terão essa oportunidade. Agora esclarecidos dos seus erros conscientemente cometidos e não terem se arrependido a tempo, ficam então sabendo da frustração que os acompanhará pra todo o sempre. 

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