“Creio na remissão dos pecados” é o décimo
artigo do credo. A remissão dos pecados aconteceu quando Jesus antes de morrer
proferiu: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito. Dizendo
isto, expirou.” (Lucas 23:46).
Com isso todos os pecados cometidos pela humanidade, por pior que tenham sido
eles, desde Adão até aqueles que conviveram na época de Jesus, até os nossos
dias e até o fim dos tempos. Por quê? Porque um pecado é uma ofensa feita a
Deus, por isso ele tem um peso infinito. O pecador arrependido poderia se
desfazer de todos os seus bens e dá-los aos pobres, e fazer todas as
penitências possíveis, nem assim ele conseguiria pagar pelos seus pecados,
porque tudo isso tem um peso limitado, finito. Foi preciso que o Verbo
Encarnado, Jesus, morresse imolado na cruz a fim de saldar todos os pecados
cometidos pela humanidade. Horas antes de fazer a sua auto-imolação Jesus
instituiu a Eucaristia, transformando o pão em seu corpo e o vinho em seu
sangue, dizendo aos seus apóstolos: “Fazei
isto em memória de mim” (Lucas 22, 19).
Assim ele ensinou como celebrar a Eucaristia, a missa. A missa é a renovação, a
atualização, a re-produção do sacrifício da cruz que redimiu há dois mil anos
todos os pecados da humanidade uma única vez. Na missa após a consagração o
celebrante faz uma oração pelos falecidos que estão no purgatório dizendo: “Acolhei com bondade no vosso reino os
nossos irmãos e irmãs que partiram desta vida e todos os que morreram na vossa
amizade. Unidos a eles, esperamos também nós saciarmos eternamente da vossa
glória, por Cristo, Senhor nosso”. Lembremos que todas as palavras
proferidas na missa tem sentido explícito. Quando o celebrante diz: “... e de
todos os que morreram na vossa amizade”, isto é, que não tomaram a iniciativa
de romperem a amizade com Deus lhe ofendendo com um pecado grave; mortal.
Aqueles que, infelizmente, morreram em pecado grave, mortal, estão excluídos da
salvação eterna e a redenção não chegara a eles. Por quê? Porque Deus ao criar
o ser humano deu a ele o livre arbítrio para ser semelhante a ele, isto é, a
livre vontade podendo assim tanto fazer o bem ou o mal. Ora, aqueles que de
livre espontânea vontade decidiram cometer pecados, não observaram os
mandamentos, nunca se interessaram pela sua salvação e até mesmo não creram
nela, preferiram viver a sua vida como lhes bem aprovasse responderão pelos
seus atos. Jesus disse: “Sejam perfeitos como o Pai celeste é perfeito”. Ora,
Jesus sabia da fragilidade do ser humano, obviamente que ninguém pode atingir a
perfeição divina, disse isto para que seus seguidores tivessem a perfeição como
um ideal de vida. A Igreja admite que a única criatura humana que atingiu a
perfeição plena foi Maria, escolhida para ser mãe de Jesus, a Imaculada
Conceição. O purgatório é um estágio em todos nós que nos tornamos imperfeitos
durante as nossas vidas e por isso temos que passar por ele, uns mais outros
menos a fim de conseguir se adaptar, se amoldar para se unir se integrar com
Deus, ai sim, depois da purificação, estaremos perfeitos como o Pai celeste é perfeito.
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