terça-feira, 4 de setembro de 2012

Crer é presumir na existência de alguma coisa que não se pode perceber pelos órgãos dos sentidos. Deus é um puro espírito por isso é imperceptível. Contudo, podemos acreditar em alguma coisa partindo da seguinte dedução: Não existe obra sem autor. Nada é feito por si mesmo. Não existe geração espontânea, então o universo foi concebido e criado por um Ser Onipotente; Deus. Deus é eterno, existe no presente permanente, isto é; sem passado e sem futuro, presencia tudo desde o Big-Bang até o fim deste nosso mundo. O nosso mundo depois de milhares de séculos passando por longas eras finalmente surgiu o “Homo Sapiens” conhecido na Bíblia com Adão. Segundo a Bíblia Deus criou o primeiro ser inteligente a sua imagem e semelhança. Essa semelhança somente poderia ser de ordem espiritual, porque Deus é puro espírito, não ocupa lugar no espaço, não tem corpo físico, não olhos, boca, membros. A semelhança existente entre Deus e o ser humano é que ambos possuem inteligência, vontade e sensibilidade. Uma inteligência criadora e julgadora, uma vontade decisiva e determinante, e uma sensibilidade capaz de amar o bem e odiar o mal. Deus possui uma inteligência, vontade e sensibilidade de modo infinito, enquanto que o ser humano as possui de modo limitado. Segundo a Bíblia, Deus dando ao ser humano propriedades semelhantes a sua inteligência, vontade e sensibilidade em razão disso lhe deu o livre arbítrio, de fazer aquilo que bem quisesse, todavia, ordenou-lhe que não provasse do fruto da arvore da ciência do bem e do mal. A principio a sua criatura, Adão, obedeceu, mas instigado pela sua companheira, Eva, que por sua vez, também sucumbiu à tentação provocada pelo Espírito do Mal, acabou por experimentar do fruto proibido, desobedecendo assim à ordem dada pelo seu Criador. No jardim do Éden havia naturalmente uma variedade de vegetações, arvores de diversas espécies, mas a arvore da ciência do bem e do mal é simbólica, a Bíblia é muito rica em simbolismo. Que quis Deus ao ordenar a Adão que não comece o fruto daquela arvore? Deus ordenou: não queira você Adão conhecer o bem e o mal, não queira decidir aquilo que é bom e aquilo que é mau, somente eu decido o que o bem e o que é o mal, o que é bom e o que é ruim, oportunamente eu estabelecerei isso com os meus mandamentos. Mas, desobediente, o homem começou a decidir o que é bem e o que é mal, o que é bom e o que é mau. Daí aconteceu aquilo que tinha que acontecer o destempero em todo o mundo, levado pelo seu egoísmo a criatura humana começou a julgar o que era bem e o que era mal segundo a sua conveniência, cometendo delitos contra Deus, cometendo pecados. O pecado é a prática do egoísmo. Pratica-se o aborto por egoísmo, mata-se por egoísmo, rouba-se por egoísmo, divorcia-se por egoísmo, pratica-se o homossexualismo por egoísmo. Cada pecador procura satisfazer o seu egoísmo, o resto é resto, ele o egoísta, está acima de tudo, de todas as normas da natureza, de toda lei natural. O egoísmo é a origem de todos os pecados, é o pecado original. O ser humano, frágil, indeciso, esquecesse do seu Criador, do seu Deus, e o ofende cometendo pecados, mas ele pode se arrepender do mal que praticou e pedir perdão das faltas cometidas prometendo não mais praticá-las e Deus misericordioso não se recusa em lhe perdoar. O pecado cometido pode ser perdoado por Deus, porem, o egoísmo humano permanece latente predisposto a tornar a cometer novos delitos contra o seu Criador. Mas o ser humano foi feito a imagem e semelhança do seu criador, possui ainda de modo limitado inteligência, vontade e sensibilidade. Como já foi dito acima, com inteligência para conhecer o que é o bem e o que é o mal e vontade, livre arbítrio, para decidir se que praticar o que é certo e o que é errado. Ele sabe através da sua inteligência o que é certo e o que é errado e pelo seu livre arbítrio se pratica o bem ou o mal. Deus é para suas criaturas um mistério. Se Deus fosse decifrável não seria Deus. Nós cristãos cremos no principio básico do cristianismo — revelado por Jesus Cristo — que é a crença na Santíssima Trindade, onde o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, porém, não são três deuses, mas, um só Deus em três pessoas distintas, cada uma delas possui inteligência própria, vontade própria e sensibilidade própria, contudo, não conflitantes. A Santíssima Trindade é um mistério. Mistério é tudo aquilo que a nossa inteligência é incapaz de entender. Deus é onipotente, onipresente e onisciente, isto é, Deus pode tudo, pois criou o universo do nada. Deus está presente em todo o universo. Deus é onisciente, isto é, conhece tudo infinitamente no passado, no presente e no futuro. A onipotência, a onipresença e a onisciência de Deus é um mistério que jamais a maior inteligência humana poderá vir entender. Se Deus ao criar o ser humano, a humanidade, dado a ela as suas mesmas propriedade; inteligência, vontade e sensibilidade, dando-lhe a vontade livre deu-lhe o livre arbítrio, a vontade de fazer de si o que bem quisesse. Ora, Deus com a sua onisciência sabia que grande parte das suas criaturas, ou mesmo, a sua maioria não se destinaria ao destino final preparado por Ele, iria se perder para sempre. Por que Deus então permitiu que essas suas criaturas vissem a existir? Este é um dos muitos mistérios de Deus.

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