terça-feira, 4 de setembro de 2012

O que me ensina o Pastor Daniel Batista 1 — Pastor Daniel Batista: — Todas as verdades reveladas por Deus encontram-se na Bíblia. — O que me diz a Bíblia: “Há muitas outras coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que no mundo inteiro não caberiam todos os livros que teriam que ser escritos”. (Jô 21,25) “Embora tenham muitas coisas a vos escrever, não quis fazê-lo com papel e tinta. Mas quero ir ter convosco e vos falar de viva voz, para que a nossa alegria seja perfeita”. (3Jo 13) “Jesus fez, diante de seus discípulos, muitos outros sinais, que não se encontram escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome”. (Jo 20, 30-31) 2 — Pastor Daniel Batista: — Só a Bíblia contém as regras da fé, não a tradição. — O que me diz a Bíblia: Por conseguinte, irmãos fiquem firmes: guardai as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito. (2Ts 2,15) “O que de mim ouviste na presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para ensiná-los a outro” (2Tm 2,2). 3 — Pastor Daniel Batista: — O único magistério é o da Bíblia. Somente nela se pode crer. — O que me diz a Bíblia: “Ele lhes disse de novo: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio. Dizendo isto, soprou sobre eles e lhes disse: recebei o Espírito Santo”. (Jo 20 20,21) “… ide, pois, e fazei com que todas as nações se tornem minhas discípulas, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28, 19-20). “Quem vos ouve, a mim ouve, quem vos despreza, a mim despreza e também despreza aquele que me enviou”. (Lc 10, 16). “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que vos disse”. (Jo 14,26) 4 — Pastor Daniel Batista: — A Bíblia é fácil de se entender, quem a lê está livre de erro. — O que me diz a Bíblia: “Isto mesmo ele (Paulo) faz em todas as suas cartas, ao falar nelas desse assunto. Nelas existem pontos difíceis de se entender, que algumas pessoas ignorantes e sem firmeza deturpam, como fazem com as demais Escrituras, para a própria perdição”. (2Pd 3,16) “Disse então o Espírito a Filipe: Aproxima-te para bem perto do carro. Filipe acelerou o passo. Ouvindo que lia o profeta Isaías, disse-lhe: Porventura, entendes o que lês? Ele respondeu: Como posso entender se não há quem me explique? E convidou Filipe a subir e sentar-se ao lado dele”. (At 8,29-31) 5 — Pastor Daniel Batista: —Jesus não estabeleceu autoridade alguma na sua Igreja; pastores e fiéis são todos iguais. O que me diz a Bíblia: “Em verdade vos digo: Tudo que ligardes na terra, será ligado no céu; e tudo que desligardes na terra, será desligado no céu”. (Mt 18,18) “Olhai por vós e por todo rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu bispos para apascentar a Igreja de Deus, que ele adquiriu para si pelo sangue do seu próprio Filho”. (At 20,28) “Aos presbíteros que estão entre vós, exorto eu, que sou presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que há de ser revelada. Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, cuidando dele, não por coação, mas de livre vontade, como Deus quer, nem por torpe ganância, mas por devoção, nem como senhores daqueles que vos couberam por sorte, mas, antes, como modelos de rebanho. Assim, quando aparecer o supremo pastor, recebereis a coroa da glória que não murcha”. (1Pe 5,1-3) “Nós vos rogamos, irmãos, que tenhais consideração por aqueles que se afadigam no meio de vós, e presidem no Senhor e vos admoestam. Tende para com eles um amor por causa do trabalho que eles executam. Vivei em paz uns com os outros”. (1Ts 5,12-13) 6 — Pastor Daniel Batista: — A Igreja Romana no inicio foi a Igreja de Cristo, mas com o passar do tempo vem caindo em erros, abusos e escândalos, demonstrando que ela não é mais a Igreja de Cristo. — O que me diz a Bíblia: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16, 18-19). “Se eu tardar, saberás como proceder na casa de Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade”. (1Tm 3,15) 7 — Pastor Daniel Batista: — Jesus não constituiu Pedro cabeça da Igreja. Na Igreja não há outra cabeça senão Cristo. Logo não deve haver Papa. — O que me diz a Bíblia: “Depois de comerem, Jesus disse a Pedro: Simão Filho de João, tu me amas mais que estes? — Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo, respondeu Pedro. Acrescentou Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Uma segunda vez lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? — Sim, tu sabes que eu te amo, confirmou Pedro. Repetiu Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. Pela terceira vez lhe disse Jesus: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro ficou triste por ter lhe perguntado pela terceira vez: Tu me amas? E lhe respondeu: Senhor, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas”. (Jô 21, 15-17) . “Simão, Simão, Satanás vos procurou para vos peneirar como trigo, mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça, e tu, uma vez convertido, confirma os irmãos”. (Lc 22 31-32) 8 — Pastor Daniel Batista: — Jesus não constituiu bispos para governar a sua Igreja. Jesus não deu aos seus apóstolos o poder de ordenar sacerdotes; portanto, o chamado sacerdócio católico não foi instituído por Cristo. — O que me diz a Bíblia: “Olhai por vós e por todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos constitui bispos, para apascentar a Igreja de Deus, que ele adquiriu para si pelo sangue do seu próprio Filho” (At 20, 28) “Certo dia, enquanto celebravam o culto do Senhor e jejuavam. Disse o Espírito Santo: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os destinei. Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e despediram-nos. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram eles a Silencia, e dali navegaram para Chipre” (At 13, 2-4) “A ninguém imponhas apressadamente as mãos, não participes dos pecados de outrem. A ti mesmo conserva-te puro” (1Tm 5,22) “Eu te deixei em Creta para cuidares da organização e ao mesmo tempo para que constituas presbíteros em cada cidade, cada qual devendo ser como te prescrevi…”(Tt 1,5) 9 — Pastor Daniel Batista: — Qualquer um que esteja cheio do espírito evangélico é verdadeiro sacerdote de Cristo e pode pregar seu Evangelho sem necessidade de passar por cerimônias chamadas “ordenações” nem ser enviado por bispo ou papa. — O que me diz a Bíblia: “Portanto todo sumo sacerdote, tirado do meio dos homens, é constituído em favor dos homens em suas relações com Deus. A função é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. É capaz de ter compreensão por aqueles que ignoram e erram”. (Hb 5,1-2) “Mas como poderiam invocar aqueles que não creram? E como poderiam crer aqueles que não ouviram? E como poderiam ouvir sem pregador? E como poderiam pregar se não fossem enviados? Conforme está escrito [Is 52,7]: Quão belos são os pés que anunciam a paz”. (Rm 10, 14-15) “Portanto, consideram-nos os homens como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus” (1Cor 3,9) “Alguém está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor”. (Tg 5,14) 10 — Pastor Daniel Batista: — Quem crer em Jesus Cristo como salvador se salva, não é necessário fazer boas obras. — O que me diz a Bíblia: “E se possuir o dom da profecia e conhecer todos os mistérios e toda a ciência e alcançar tanta fé que chegue a transportar montanhas, mas, se não tiver caridade, nada sou”. (1Cor 13,2) “Não são os que ouvem a Lei que são justos perante Deus, mas os que cumprem a Lei é que serão justificados”. (Rm 2,13) “Meus irmãos, se alguém disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitará isso? Acaso a fé pode salvá-lo? Se o irmão ou a irmã não tiver o que vestir e lhes faltar o necessário para a subsistência de cada dia, e alguém lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos, e não lhes der o necessário para a manutenção, que proveito haverá nisso? Assim também é a fé, se não houver obras, será morta em si mesma. De fato alguém poderá objetar-lhe: Tu tens fé e eu obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a fé pelas obras. Tu crês que há um só Deus? Ótimo! Lembra-te, porém, de que também os demônios crêem, mas estremecem. Queres, porém, ó homem insensato, a prova de que a fé sem obras é vã? Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas suas obras quando ofereceu sobre o altar Isaac, seu filho? Já vês que a fé concorreu para as suas obras e pelas obras é que a fé se realizou plenamente. E assim se cumpriu a Escritura que diz que Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado como justiça e ele foi chamado amigo de Deus. Estais vendo que o homem é justificado pelas obras e não simplesmente pela fé. Da mesma maneira também Raab, a meretriz, não foi justificada pelas obras, quando acolheu os mensageiros e os fez voltar por outro caminho? Com efeito, como o corpo sem o sopro da vida está morto, assim também é morta a fé sem obras”. (Tg 2,14-25) 11 — Pastor Daniel Batista: — Jesus morreu pela salvação de todos; logo é fazer injuria a Cristo dizer que são necessárias nossas obras para a salvação, como se a redenção não fosse suficiente. A fé em Jesus é que nos merece o Reino do Céu, não as obras. — O que me diz a Bíblia: “O Filho do Homem há de vir na sua glória do seu Pai, com os anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com o seu comportamento”. (Mt 16,27) “Aí alguém se aproximou dele e disse: Mestre, que farei de bom para ganhar a vida eterna? Respondeu: Por que perguntas sobre o que é bom? O Bom é um só. Mas, se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. Aquele lhe perguntou: Quais? Jesus respondeu: Estes: Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho; honra pai e mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe então o moço: Tudo isso tenho guardado, que me falta ainda? Jesus respondeu: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mt 19, 16-21) 12 — Pastor Daniel Batista: — Jesus não está realmente na Eucaristia, nem quis ele dar-nos a sua carne e o seu sangue para comermos e bebermos. Isso é um absurdo forjado pela Igreja de Roma. Não há prova alguma na Bíblia de que Jesus haja estabelecido o que os católicos chamam sacrifício da missa, nem que os apóstolos hajam celebrado esta cerimônia. — O que me diz a Bíblia: “Em verdade, em verdade vos digo; aquele que crê, tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei, é a minha carne para a vida do mundo. Discutiam entre si os judeus dizendo: Como pode este homem dar-nos a sua carne para comer? Jesus lhes respondeu então: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minhas carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come da minha carne e bebe do meu sangue, permanece em mim e eu nele” (Jo 6,47-56) “Com efeito, eu mesmo recebi do Senhor o que transmiti: na noite em que ia ser entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isso em memória de mim. Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim”. (1Cor 11,27-29) Ver ( Mc 14,22-25) “Assim, pois, quem come o pão e bebe do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o corpo [do Senhor], come a própria condenação” (1Cor 11,27-29) “O cálice da benção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é o corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão”. (1Cor 10,16) “Trabalhei não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna na, alimento que o Filho do Homem vos dará, pois Deus, o Pai, o marco com seu selo”. (Jo 6, 27) “Assim lhes disse: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá forme e o que crer em mim nunca mais terá sede”. (Jo 6, 35) “Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo para o Pai, aquele que comer de mim viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu. Ele não é como o que os pais comeram e pereceram; quem come deste pão viverá para sempre”. (Jo 6, 57-58) 13 — Pastor Daniel Batista: — A crença no purgatório não tem fundamentação bíblica. — O que me diz a Bíblia: “Assume logo uma atitude conciliadora com teu adversário, enquanto estas com ele no caminho, para que teu adversário não te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça, e assim sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: Dali não sairás, enquanto não pagares até o último centavo”. ((Mt 5, 25-26) “Cada um veja como constrói. Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo. Se alguém sobre esse fundamento constrói com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, a obra de cada um será posta em evidência. O Dia a tornará conhecida, pois ele se manifestará pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra construída sobre o fundamento subsistir, o operário receberá uma recompensa. Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas, como que através do fogo”. (1Cor 3,10-15) 14 — Pastor Daniel Batista: — Só Deus perdoa os pecados, ele não concedeu aos padres católicos o poder de perdoá-los. — O que me diz a Bíblia: “Dizendo isto, Jesus soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados, aqueles aos quais não os perdoardes, ser-lhe-ão retidos”. (Jo 20,22-23). “Em verdade vos digo: tudo o que ligardes na terra será ligado no céu e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu”. (Mt 18,18). “Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por Jesus e nos confiou o ministério da reconciliação”. (2Cor 5,18). “Muitos dos que receberam a fé, vinham confessar as suas práticas supersticiosas”. (At 19,10) “Vendo o ocorrido, isto é, perdão dos pecados do paralítico, as multidões…glorificaram a Deus que deu tal poder aos homens”. (Mt 9,8). 15 — Pastor Daniel Batista: — Em nenhuma parte da Bíblia se encontra como ensinamento divino, a lei do celibato no ministério pastoral. — O que me diz a Bíblia “A propósito das pessoas virgens não tenho preceito do Senhor; mas posso dar conselho, porque obtive do Senhor a misericórdia de ser digno de fé. Creio, pois, que, por causa das angustias do presente, é bom que o homem fique assim. Estás livre de mulher? Não procures mulher. Se te casares, não pecarás, se uma virgem se casa, não peca; mas essas pessoas sofrerão as tribulações da vida matrimonial, que eu quisera poupar-vos”. (1Cor 7,25-28). “Eu quisera que estivésseis isentos de preocupações. Quem não tem esposa cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo e de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma, a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura agradar o marido. Digo-vos isto pelo vosso interesse, não para armar ciladas, mas para que façais o que é mais nobre e possais permanecer junto ao Senhor sem distrações”. (1Cor 7,32-35). “Digo às pessoas solteiras e às viúvas que é bom ficarem como eu” (1Cor 7,8). “Jesus lhes disse: Em verdade eu vos digo, não há quem tenha deixado casa, mulher, irmãos, pais e filhos por causa do Reino de Deus, sem que receba muito mais neste tempo e, no mundo futuro, a vida eterna”. (Lc 18,29-30) “Ele acrescentou: Nem todos são capazes de compreender essas palavras, mas somente aquele a quem é concedido. Há eunucos que nasceram assim, desde o ventre materno. Há eunucos que foram feitos eunucos pelos homens. E há eunucos que se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem tiver capacidade para compreender, que compreenda”. (Mt 19,11-12). 16 — Pastor Daniel Batista: — O matrimonio não é um sacramento instituído por Jesus. — O que me diz a Bíblia: “Alguns fariseus aproximaram-se dele, querendo pô-lo à prova. Perguntaram-lhe: è lícito repudiar a própria mulher por qualquer motivo que seja? Ele respondeu: Não lestes que desde o principio o Criador os fez homem e mulher? E disse: Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto não separe o homem que Deus uniu”. (Mt 19,3-6) Ver também (Mc 10,2-12) “Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem me mulher. Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”. (Gn 1, 27-28) “E, vós maridos, amai as vossas mulheres como Cristo amou a sua Igreja e se entregou por ela,… pois ninguém jamais quis mal a própria carne, antes a alimenta e cuida dela, como também fez Cristo com a sua Igreja,… É grande este mistério, refiro-me à relação entre Cristo e sua Igreja”. (Ef 5, 25-29) 17 — Pastor Daniel Batista: — É um absurdo teológico ensinar ou crer que Deus tem mãe; logo Maria não pode ser chamada mãe de Deus. O culto que os católicos tributam a Maria é contrário a Bíblia. — O que me diz a Bíblia: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe: Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! Ela ficou intrigada com estas palavras, e pôs-se a pensar qual o significado daquela saudação. O anjo acrescentou: Não temas, Maria. Encontras-te graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o deu reino não terá fim. Maria, porém, disse ao anjo: Como pode acontecer isso, se eu não conheço homem algum? O anjo lhe respondeu: O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho do Altíssimo. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês [de gestação] para aquela que chamavam de estéril. Para Deus, com efeito, nada é impossível. Disse então Maria: Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo retirou-se”. (Lc 1, 26-38) “Com grande grito exclamou [Isabel]: Bendita és tu entre as mulheres, bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?”. (Lc 1,1-41). 18 – Pastor Daniel Batista: — Deus proibiu terminantemente no decálogo esculpir estátuas ou imagens. — O que me diz a Bíblia: “Farás um propiciatório de ouro puro, 125 cm de comprimento e 75 cm de largura. Farás dois querubins de ouro polido, nas duas extremidades do propiciatório, um de um lado do outro lado, de modo que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatório. Os querubins com as asas estendidas por cima estarão encobrindo o propiciatório, um de frente do outro, voltados para o propiciatório. Porás o propiciatório sobre a arca, e dentro da arca o documento da aliança que te darei. Ali me encontrarei contigo, e de cima do propiciatório, no meio dos dois querubins colocados sobre a arca da aliança, eu te comunicarei o que eu ordenar aos israelitas”. (Ex 25, 10-22). “O Senhor respondeu-lhe: “Esculpi uma serpente venenosa e colocai-a sobre um poste. Quem for mordido por uma víbora e contemplar a serpente esculpida viverá. Moises obedeceu, fez uma serpente de bronze e a colocou sobre um poste; se alguém era mordido por uma víbora, contemplava a serpente de bronze e vivia. (Nm. 21, 8-9) “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem”. (Jô 3, 14). 19 — Pastor Daniel Batista: A invocação aos anjos e santos é contrária à Bíblia, não devemos invocá-los. — O que me diz a Bíblia: “… que o anjo que me salvou de todo mal abençoe estas crianças, nelas sobreviva o meu nome e o de meus pais, Abraão, Isaac, que elas cresçam e se multipliquem sobre a terra!”. (Gn 48,16). “Pecamos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto ao Senhor para que afastem de nós estas serpentes. Moisés intercedeu em favor do seu povo”. (Nm 21,7) “Eu vos peço, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo, e pelo amor do Espírito Santo, que luteis comigo nas orações que fazeis por mim a Deus”. (Rm 15, 30) “… orai uns pelos outros, para que sejais curados. A oração fervorosa do justo tem grande poder. Assim Elias, que era um homem semelhante a nós, orou com insistência para que não chovesse, e não choveu na terra durante três anos e seis meses. Em seguida tornou a orar e o céu enviou sua chuva e a terra voltou a produzir fruto”. (Tg 5,16-18) 20 — Pastor Daniel Batista: — Os santos do céu nada sabem sobre nós; por conseguinte, ignoram os nossos pedidos; é inútil invocá-los. — O que me diz a Bíblia: “Com orações e súplicas de toda sorte, orai por todo tempo, no Espírito, e para isso vigiai com absoluta perseverança e súplicas por todos os santos”. (Ef 6,18) “Ao receber o livro, os quatro Seres vivos e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada qual com uma cítara e taças de ouro cheias de incenso, que são orações dos santos,…” (AP 5,8) “Moises, porém, suplicou ao Senhor, seu Deus, e disse: Por que, ó Senhor, se acende a tua ira contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte? — O Senhor, então, desistiu de aplicar o castigo com o qual havia ameaçado o povo”. (Ex 32, 11-14). “No dia seguinte, Moisés disse ao seu povo: Vós cometestes um pecado grave. Todavia, eu vou subir ao Senhor; talvez consiga expiar o vosso pecado.” (Ex 32,30) “Os filhos de Israel tiveram medo dos filisteus. Não cesses de invocar o Senhor nosso Deus, para que ele nos livre das mãos dos filisteus”. (1Sm 7,7-8). “Irmãos, eu vos peço, por nosso Senhor Jesus Cristo, que luteis comigo nas orações que fazeis por mim.” (Rm 15,30). “Orai por nós, irmãos”. (1Ts 5,25) “não desprezeis nenhum desses pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos no céu vêem continuamente a face do meu Pai que está nos céus”. (Mt 18,10). “Orai por nós, porque estamos convencidos de que possuímos uma boa consciência, e com a vontade de viver bem em tudo”. (Hb 13,18). 21 — Pastor Daniel Batista: — Não temos garantia de que os anjos e santos no céu pedem por nós, ignorância invocá-los para que intercedam por nós. — O que me diz a Bíblia: “Então falou o anjo do Senhor dos exércitos: Até quando demorarás ainda a ter piedade de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estás irado há setenta anos”. (Zc 1,12) “Ao receber o livro, os vinte quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada um com uma cítara e taças cheias de incenso, que são as orações dos santos,…” (Ap 5,8) Remate: — Os protestantes ou evangélicos, nas suas centenas de denominações, porque eles adotam o “livre exame”, isto é, cada denominação tem a sua própria interpretação da Bíblia, como também cada pastor ou mesmo até o próprio crente faz o seu livre exame, eis a razão de tantas denominações, enquanto a Igreja Católica pelo seu magistério interpreta a Bíblia para todos seus fiéis em todo mundo, eis a diferença. Os protestantes não aceitam a Igreja Católica como a única verdadeira, isto é, que ela não ensina a verdade: evidente. Eles afirmam que base da sua fé se encontra tão somente a na Bíblia. Ora, se as Igrejas protestantes não dão credibilidade a Igreja Católica, por que então aceitam a Bíblia com o único fundamento da sua fé? Durante mil e quintos anos, quem preservou a Bíblia e de modo especial o Novo Testamento — porque os judeus já haviam preservado o Velho Testamento — foi tão somente a Igreja Católica Apostólica Romana até a invenção da imprensa por Gutenberg no século 16. A Igreja Católica confiou aos monges beneditinos nos seus mosteiros as cópias manuscritas das páginas da Bíblia durante séculos. A Igreja Católica se não fosse verdadeira, merecedora de confiança, poderia muito bem ter manipulado a Bíblia de acordo com o seu interesse, principalmente o Novo Testamento. Foi a Igreja Católica, iluminada pelo Espírito Santo, que separou nos primeiros séculos nos Concílios Ecumênicos os Evangelhos autênticos dos apócrifos. Martinho Lutero, ex-frade agostiniano, autor do “livre exame” foi o primeiro a se rebelar contra a Igreja Católica, usou da Bíblia Católica para fundamentar a sua reforma protestante. Se a Igreja Católica não merece credibilidade, então por coerência, a Bíblia que todos nós conhecemos também não merece. Jesus disse: “E eu te digo: tu és Pedro e sobre está pedra construirei a minha Igreja…”. Ele falou a minha Igreja e não as minhas Igrejas. “Há um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo”. (Ef 4,5)
Ser cristão, católico, não é nada fácil; exige sacrifício. O primeiro mandamento da Lei de Deus: ”Amar a Deus sobre todas as coisas”, implica em todos os demais. Todos nós sabemos pela lei natural aquilo que é certo e o que é errado. Quem ama procura fazer a vontade daquele que é amado, sendo. naturalmente, essa vontade boa e justa. Quem ama verdadeiramente não contraria o ente amado desgostando-o. Deus. Jesus disse: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Deus é pai. Qual o pai que não deseja que seu filho seja perfeito? Já ao nascer os pais a primeira coisa que desejam saber seu o recém-nascido é perfeito fisicamente, no passar dos anos os pais acompanham o crescimento do filho, se ele é dedicado aos estudos, se tem uma vida saudável, livre de vícios, se é honesto; enfim todos os pais desejam que seus filhos sejam perfeitos em tudo. Quaisquer deslizes que eles venham a cometer causam aos pais preocupação e desgosto. Assim também é com Deus. Atingir a perfeição divina é impossível, mas é um ideal que tem que ser perseguido pelo fiel cristão. Todos aqueles que nos antecederam neste nosso mundo, bilhões de seres humanos, nasceram, viveram e morreram. Começando pelo “homo sapiens” que surgiu há dois milhões de anos, conhecido na Bíblia como Adão que tinha o uso da razão, isto é, possuía inteligência para entender, conhecer as coisas, vontade para decidir entre o certo e o errado e sensibilidade usando da sua inteligência e da sua vontade, do seu livre arbítrio, para amar o bem e odiar o mal. O primeiro ser inteligente, Adão, induzido indiretamente pelo demônio e acabou pecando. A fé cristã acredita na existência do Espírito do Mal, do demônio, que está afastado de Deus, o Sumo Bem, por toda a eternidade, por inveja ele não suporta que outras criaturas de Deus, os seres humanos depois de passarem por esta vida possam ser contemplados com a visão beatifica de Deus que venha ser a felicidade completa. Cheio de despeito, invejoso, satanás usa de todas as suas artimanhas para levar com sigo aqueles que deixaram este nosso mundo para onde ele está; o inferno. O Espírito do Mal é muito inteligente, ele raramente se expõe, ele prefere sorrateiramente se utilizar de seus colaboradores conscientes ou inconscientes que estão neste mundo trabalhando para ele. Que são esses colaboradores? Atualmente eles se servem principalmente dos meios de comunicação; da televisão, de revistas e de outros meios. Existem cristãos e cristãos. Uns são considerados cristãos porque foram apenas batizados pelo costume tradicional de família de fazer com que os filhos façam a primeira comunhão e até crismar, depois não dispensam que seus filhos se casem na Igreja, aproveitam essas oportunidades para homenagear parentes e amigos convidando-os para serem seus padrinhos, os sacramentos apenas servem de ocasião para festas e deferências para com determinados parentes e amigos; nada mais. Para essas pessoas Deus não faz parte de suas vidas, elas O ignoram, algumas somente se lembram de Deus diante de uma desgraça eminente, passada aquela ocasião voltam a ignorá-Lo. Deus como pai amoroso muitas vezes permite que uma desgraça se aproxime de um de seus filhos para que ele se converta, mas, muitas vezes essa oportunidade não é aproveitada. Deus não condena ninguém, são muitas de suas criaturas que se afastam Dele por desleixo ou por decisão própria. Deus deu ao ser humano o livre arbítrio e o respeita, cabe a criatura decidir se faz a vontade de Deus ou não. No Brasil, que é tido como o maior pais católico do mundo, com cerca aproximado de 133 milhões de católicos, num total de 190 milhões de habitantes. calcula-se que apenas dez por cento desses católicos são praticantes, isto é, procuram cumprir o dever dominical e nos dias de preceito de estarem presentes na missas, se confessarem e comungarem freqüentemente. Dentre os 120 milhões de católicos não praticantes encontra-se de tudo, aqueles que se envolvem com o espiritismo, consultam cartomantes, que não são fiéis no casamento, que aceitam o divórcio, que aceitam o aborto, que praticam o sexo antes do matrimonio julgando isso natural, fazem negócios escusos etc., mas na ocasião da morte de um parente não se esquecem de encomendar a missa de sétimo dia, como se isso fizesse com que o defunto, que não era um católico praticante, com aquela missa o levasse para gozar da visão beatífica de Deus. Dizem os parentes e amigos do falecido: “— Apesar dele ou dela não freqüentar muito a Igreja, tratava-se de uma boa pessoa”. Obviamente que não nos cabe julgar esta ou aquela pessoa, somente Deus cabe esse julgamento, São Dimas o “bom ladrão” foi o primeiro santo canonizado da Igreja e canonizado pelo próprio Jesus. Dimas se converteu no ultimo estante da sua vida, isso pode acontecer com outras pessoas, só Deus sabe. O bom cristão assiste com preocupação em notar que seus parentes e amigos estejam afastados de Deus e desejam a conversão deles, orando por eles porque as exortações geralmente não são bem recebidas restando apenas o bom exemplo.
Pecado grave ou mortal é aquele cometido com pleno consentimento da vontade ou por omissão contra os mandamentos da Lei de Deus. O primeiro mandamento amar a Deus sobre todas as coisas, que é o principal deles, na verdade este mandamento engloba todos os demais e é o pecado mais cometido por toda a humanidade. Quem ama procura não ofender o ente amado, mas ao contrário procura satisfazer todas as suas vontades ainda mais quando elas são sempre boas. Deus, tão somente, deseja coisas boas para suas criaturas. Amar não é apenas uma declaração de amor. O amor tem que ser demonstrado com atos vividos. Quem comete pecados contra os outros nove mandamentos demonstra claramente que não ama a Deus. Se observarmos a humanidade através dos meios de comunicação nós verificamos que a sua grande maioria não tem Deus nas suas atenções, nas suas prioridades, na verdade nota-se que ela está alheia a Deus. Deus não faz parte da vida dela, não está no seu dia-dia. Deus apenas pode ser lembrado nos momentos de desespero e aflição, passado esse momento Deus volta a ser ignorado. Jesus disse: “Muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos (Mt 22,14)” e diz também que a porta para a bem aventurança é estreita (Mt 7,13). Daí se deduz que apenas uma minoria da humanidade terá a visão beatífica de Deus. Deus, boníssimo, deseja que todas as suas criaturas sejam salvas, Jesus, como Deus, reconheceu a sincera conversão de Dimas e assegurou a ele o paraíso eterno nos últimos momentos da sua vida, mas Ele respeita o livre arbítrio de cada uma. Ninguém é surpreendido em ser salvo se não desejou sinceramente a salvação. Obviamente, quando salvos, devido as nossas imperfeições, quando deixamos este nosso mundo, não vamos imediatamente gozar da bem aventurança eterna que é a visão beatífica de Deus, mas nós temos que passar por um estágio de adaptação, conhecido como purgatório. Muitos santos também passaram por ele. Na Sua infinita bondade Deus, a fim de provocar a conversão das suas criaturas Ele faz com que aconteçam milagres permanentes como o de Guadalupe e de Lanciano e mais recentemente a coreana Julia Kim, assim mesmo, a humanidade continua a ignorá-Lo.
Dois meninos nasceram em datas próximas, eram quase visinhos, filhos de famílias pertencentes à classe média. Eram conhecidos, mas não amigos, estudaram no mesmo colégio religioso, lá eles fizeram a primeira comunhão e lá foram crismados. Um deles, o Osvaldo, depois de terminar os estudos preparatórios ingressou numa faculdade de engenharia, o outro, o Francisco aproveitou bem as aulas de catecismo na preparação para a primeira comunhão e depois na preparação para o sacramento da crisma, desde a primeira comunhão passou a ser um católico praticante e ele não faltava às missas aos domingos onde comungava, daí sentiu a vocação para a vida religiosa, e mesmo contrariando a vontade de seus pais ele ingressou como noviço numa ordem religiosa, depois dos estudos de filosofia e teologia foi ordenado sacerdote, fiel a sua vocação, sempre foi um religioso exemplar, raramente ele deixou o dependências do mosteiro. Osvaldo foi bem sucedido profissionalmente, galgou postos importantes nas empresas onde trabalhou, casou-se logo depois de formado, teve dois filhos, porém depois de sete anos divorcio-se e dois anos depois tornou a se casar e teve mais um filho, mas esse segundo casamento durou um pouco mais, depois de dez anos voltou a se divorciar. Osvaldo tanto fez a primeira comunhão com foi crismado e se casou na primeira vez na Igreja porque era uma tradição familiar, mas nunca praticou a sua religião, nunca se interessou por ela, porque dizia ele, quando era interpelado, que tinha coisas mais sérias com que se preocupar. Os anos se passaram e com eles a mocidade, a maturidade e por fim a velhice. Como todos os mortais, coincidentemente, com a diferença de poucos dias ambos faleceram. Francisco teve as exéquias de conformidade com o ritual da sua comunidade; missa de corpo presente e de sétimo dia; Osvaldo também teve a sua missa de sétimo dia. Como havia sido um importante diretor de empresa, era muito conhecido pela sociedade, teve na sua missa de sétimo dia uma presença concorrida de parente e amigos que lotaram toda a igreja. Francisco viveu toda a sua vida movido pela fé, secretamente, aspirava pelo dia em que iria ter a visão beatífica de Deus a fim de contemplá-Lo eternamente, enquanto Osvaldo nunca, jamais, havia passado pela sua cabeça de que aconteceria com ele após a sua morte. Apenas duas possibilidades poderiam acontecer aos dois como a todos nós: Primeira: após a morte nada vir acontecer, isto é, se cair no vácuo do nada. Morrer como morrem os animais irracionais, como uma rês ou como um frango abatidos no matadouro. Por isso não haveria nenhuma decepção para ninguém, não haveria tempo para isso, porque a primeira coisa que acontece, geralmente, no momento da morte é que o sangue para de circular em todo o corpo e o cérebro se para de racionar. Que é conhecida como a morte cerebral. A segunda possibilidade é de se acordar num outro mundo. Para Francisco isso aconteceu e foi um momento de grande alegria para ele, sua convicção intima naquele momento se confirmara, porque nunca ele havia duvidado disso, mas, como todo ser humano ele era passível de tentações e era perseguido por uma que era contra a sua fé, mas que ele sempre reagiu e nas suas orações fazia atos de fé e pedia a Deus que o ajudasse em vencê-las. Porque a crença não deixa de ser uma hipótese, uma suposição, embora, mesmo quando ela é bem fundamentada, mas, que não se pode ser confirmada através da física, nem da química, nem da cibernética, porque, caso um dia isso caso viesse acontecer à fé perderia o seu sentido de ser. Osvaldo ao se despertar do sono da morte ele teve uma surpresa e ele queria saber onde se encontrava, sentiu-se perdido, não havia ninguém ao seu lado, estava só, completamente só. Foi quando então ele se lembrou de uma coisa que há muito tempo ele havia esquecido, mas que aprendera nas aulas de catecismo para a preparação da sua primeira comunhão, que havia um Deus e que conseqüentemente também havia uma vida após a morte. Amargurado pensou; por que ele não havia se preparado para aquilo que acabava de lhe acontecer. Por que ele nunca havia se lembrado que havia um Deus e de uma vida após a morte? Agora ele estava só, sem seus parentes, sem seus amigos, perdido, sem saber para aonde ir, não sabia a quem recorrer, não havia paredes a sua volta, mas, ele se sentia como estivesse numa solitária. Angustiado, Osvaldo, estava agora arrependido da vida que levara, mas ele bem sabia que era tarde demais, que o seu arrependimento não o levaria a nada, e que ele deveria ter pensado nisso antes da sua morte, nada mais ele poderia fazer em proveito próprio onde se encontrava, aquela oportunidade ele deixara para trás, na vida que viveu antes da sua morte. Infeliz, desgraçado, sabia agora que Deus realmente existe e no encontro com Ele é que iria lhe trazer a plena felicidade que ele sempre procurou, mas que jamais encontrou.
O vocábulo religião vem do latim; religare, isto é religar a criatura humana com o divino, com Deus, a fim de considera- Lo o criador de todas as coisas e presta-Lo culto de La tria; de adoração. O judaísmo, o cristianismo e o islamismo são religiões monoteístas todas elas primeiramente prestam culto de adoração a Deus. Existem outras religiões politeístas como o hinduísmo que presta culto de adoração a centenas de deuses, ou milhares deles. Não devemos confundir religiões com crenças. Existem muitas crenças que não como finalidade um culto de adoração a Deus. O budismo é uma filosofia de vida. Não existe na doutrina budista nenhuma menção declarada de Deus. O budismo como o hinduísmo crêem na reencarnação. Eles acreditam que após a morte aquela criatura que atingiu a perfeição nesta vida terá que se purificar por diversas vezes até atingi-la e assim conseguir atingir o nirvana que é um estado de felicidade plena. Os espíritas acreditam nas reencarnações sucessivas daqueles que não conseguiram atingir a perfeição nesta vida. Depois de diversas reencarnações o espírito torna-se um espírito de luz. Os espíritas não podem ser considerados cristãos porque eles crêem que Jesus é apenas um espírito de luz, que ele não é o Filho de Deus encarnado, não crêem que Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que tomou a forma humana. Os espíritas não acreditam no Credo professado pelos cristãos. Em razão disto eles mão podem ser considerados cristãos, embora eles crêem na existência de Jesus como uma criatura perfeita. Não basta alguém dizer eu sou muçulmano se ele não crê no Al Corão, como não pode ser considerado budista aquele que não crêem nos ensinamentos de Buda e nem dizer que é cristão se não aceita a totalidade daquilo que está expresso no Credo.
. Deus em si mesmo é um mistério. Deus vive na eternidade onde permanece no presente permanente, onde não existe passado e nem futuro, contudo, a criação do universo passou a existir em um determinado tempo; o universo não é eterno existe há treze bilhões e tantos milhões de anos. Este universo é composto de minerais, vegetais e animais entre eles o ser humano que habita o planeta Terra. Segundo a Bíblia Deus criou o ser humano a sua imagem e semelhança, para isso deu ao ser humano o livre arbítrio, ambos possuem; inteligência criadora, vontade executora e sensibilidade capaz de amar ou odiar. Dando o livre arbítrio ao homem, Deus onisciente sabia que com isso que a sua criatura seria capaz de ir contra o seu Criador, como aconteceu com o pecado original. Deus onipresente e onisciente sabia que grande parte da humanidade, a sua maioria, desde a criação de Adão até os nossos dias iria contrariá-Lo, pecando com pecados graves. Dos sete bilhões de habitantes que estão vivendo em nosso planeta em nossos dias, observando os meios de comunicação quantos procuram sinceramente fazer a vontade de Deus, isto é, procurarem ser perfeitos, “Sede perfeitos como o Pai que está no céu é perfeito”. Jesus disse: “A porta é estreita” ainda; “Muitos são chamados, mas, poucos são os escolhidos” donde se deduz que a salvação eterna está reservada a muito poucos, entendendo-se como salvação eterna a união com Deus.
Deus é imutável. Deus não muda de opinião. Ele vive na eternidade que é o presente permanente. Correto? Todavia, existe uma discrepância entre o que ensina a teologia católica e alguns os livros do Antigo Testamento, de modo especial em Levítico. Assim começa o capítulo 20: Iahaweh falou a Moises e disse: versículo 10: — “O homem que cometer adultério com a mulher de seu próximo deverá morrer, tanto ele como sua cúmplice.” Mais adiante: versículo 13: — “O homem que se deitar com outro homem como se fosse mulher, ambos cometeram abominação, deverão morrer; e o seu sangue cairá dobre eles.” Assim prossegue até o versículo 21. A doutrina do Novo Testamento difere em muito de certos livros do Antigo Testamento. Devemos por em prática tudo aquilo que consta do Antigo Testamento? Obviamente que não.
Crer é presumir na existência de alguma coisa que não se pode perceber pelos órgãos dos sentidos. Deus é um puro espírito por isso é imperceptível. Contudo, podemos acreditar em alguma coisa partindo da seguinte dedução: Não existe obra sem autor. Nada é feito por si mesmo. Não existe geração espontânea, então o universo foi concebido e criado por um Ser Onipotente; Deus. Deus é eterno, existe no presente permanente, isto é; sem passado e sem futuro, presencia tudo desde o Big-Bang até o fim deste nosso mundo. O nosso mundo depois de milhares de séculos passando por longas eras finalmente surgiu o “Homo Sapiens” conhecido na Bíblia com Adão. Segundo a Bíblia Deus criou o primeiro ser inteligente a sua imagem e semelhança. Essa semelhança somente poderia ser de ordem espiritual, porque Deus é puro espírito, não ocupa lugar no espaço, não tem corpo físico, não olhos, boca, membros. A semelhança existente entre Deus e o ser humano é que ambos possuem inteligência, vontade e sensibilidade. Uma inteligência criadora e julgadora, uma vontade decisiva e determinante, e uma sensibilidade capaz de amar o bem e odiar o mal. Deus possui uma inteligência, vontade e sensibilidade de modo infinito, enquanto que o ser humano as possui de modo limitado. Segundo a Bíblia, Deus dando ao ser humano propriedades semelhantes a sua inteligência, vontade e sensibilidade em razão disso lhe deu o livre arbítrio, de fazer aquilo que bem quisesse, todavia, ordenou-lhe que não provasse do fruto da arvore da ciência do bem e do mal. A principio a sua criatura, Adão, obedeceu, mas instigado pela sua companheira, Eva, que por sua vez, também sucumbiu à tentação provocada pelo Espírito do Mal, acabou por experimentar do fruto proibido, desobedecendo assim à ordem dada pelo seu Criador. No jardim do Éden havia naturalmente uma variedade de vegetações, arvores de diversas espécies, mas a arvore da ciência do bem e do mal é simbólica, a Bíblia é muito rica em simbolismo. Que quis Deus ao ordenar a Adão que não comece o fruto daquela arvore? Deus ordenou: não queira você Adão conhecer o bem e o mal, não queira decidir aquilo que é bom e aquilo que é mau, somente eu decido o que o bem e o que é o mal, o que é bom e o que é ruim, oportunamente eu estabelecerei isso com os meus mandamentos. Mas, desobediente, o homem começou a decidir o que é bem e o que é mal, o que é bom e o que é mau. Daí aconteceu aquilo que tinha que acontecer o destempero em todo o mundo, levado pelo seu egoísmo a criatura humana começou a julgar o que era bem e o que era mal segundo a sua conveniência, cometendo delitos contra Deus, cometendo pecados. O pecado é a prática do egoísmo. Pratica-se o aborto por egoísmo, mata-se por egoísmo, rouba-se por egoísmo, divorcia-se por egoísmo, pratica-se o homossexualismo por egoísmo. Cada pecador procura satisfazer o seu egoísmo, o resto é resto, ele o egoísta, está acima de tudo, de todas as normas da natureza, de toda lei natural. O egoísmo é a origem de todos os pecados, é o pecado original. O ser humano, frágil, indeciso, esquecesse do seu Criador, do seu Deus, e o ofende cometendo pecados, mas ele pode se arrepender do mal que praticou e pedir perdão das faltas cometidas prometendo não mais praticá-las e Deus misericordioso não se recusa em lhe perdoar. O pecado cometido pode ser perdoado por Deus, porem, o egoísmo humano permanece latente predisposto a tornar a cometer novos delitos contra o seu Criador. Mas o ser humano foi feito a imagem e semelhança do seu criador, possui ainda de modo limitado inteligência, vontade e sensibilidade. Como já foi dito acima, com inteligência para conhecer o que é o bem e o que é o mal e vontade, livre arbítrio, para decidir se que praticar o que é certo e o que é errado. Ele sabe através da sua inteligência o que é certo e o que é errado e pelo seu livre arbítrio se pratica o bem ou o mal. Deus é para suas criaturas um mistério. Se Deus fosse decifrável não seria Deus. Nós cristãos cremos no principio básico do cristianismo — revelado por Jesus Cristo — que é a crença na Santíssima Trindade, onde o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, porém, não são três deuses, mas, um só Deus em três pessoas distintas, cada uma delas possui inteligência própria, vontade própria e sensibilidade própria, contudo, não conflitantes. A Santíssima Trindade é um mistério. Mistério é tudo aquilo que a nossa inteligência é incapaz de entender. Deus é onipotente, onipresente e onisciente, isto é, Deus pode tudo, pois criou o universo do nada. Deus está presente em todo o universo. Deus é onisciente, isto é, conhece tudo infinitamente no passado, no presente e no futuro. A onipotência, a onipresença e a onisciência de Deus é um mistério que jamais a maior inteligência humana poderá vir entender. Se Deus ao criar o ser humano, a humanidade, dado a ela as suas mesmas propriedade; inteligência, vontade e sensibilidade, dando-lhe a vontade livre deu-lhe o livre arbítrio, a vontade de fazer de si o que bem quisesse. Ora, Deus com a sua onisciência sabia que grande parte das suas criaturas, ou mesmo, a sua maioria não se destinaria ao destino final preparado por Ele, iria se perder para sempre. Por que Deus então permitiu que essas suas criaturas vissem a existir? Este é um dos muitos mistérios de Deus.
Meditação escrita Deus deseja a salvação de todas as almas, mas impõe condições “Mas, se alguém guarda à sua palavra, nesse é verdadeiramente o amor de Deus é perfeito. Nisto reconhecemos que estamos nele”. (1 Jo 2, 5) “Aquele que não ama não conheceu a Deus, porque Deus é amor”. (1 Jo 4,8) “Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele”. (1 Jo 4,16) “Pois este é o amor de Deus: observar os seus mandamentos”. (1 Jo 5, 3) “Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado”. (Mc 16, 16) (Bíblia de Jerusalém) Se analisarmos palavra por palavra dos testos acima verificamos que Deus estabelece condições para que nós possamos nos unir a ele. No primeiro versículo se lê a condição: “se alguém guarda à minha palavra”, isto é, quem obedece aos seus mandamentos. No segundo versículo se lê: “Aquele que não ama”, isto é, quem não ama a Deus sobre todas as coisas e o seu próximo como a si mesmo não conheceu a Deus, está muito longe dele. No terceiro versículo lê-se: “observa”; donde se deduz que somente quem observa, ou procura observar sinceramente os seus mandamentos vai conseguir conhecer o amor que Deus tem por nós e assim provocar em nós a justa reciprocidade de que ele é merecedor. No último Jesus é taxativo impondo a sua condição. Deus ama todas as suas criaturas, contudo, ele quer ser reconhecido como o seu criador e que seja correspondido com o mesmo amor. “Portanto, amaras a Iahweh teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força”. (Dt 6,5) Simplificando o decálogo a Igreja, com a sua autoridade, assim iniciam os dez mandamentos; “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Na verdade no primeiro mandamento estão incluídos todos os demais, porque que ama a Deus obrigatoriamente tem que observar naturalmente todos os demais. Quem ama procura não desgostar o ente amado, mas sim satisfazê-lo em tudo — obviamente, se o ente amado tão somente quer o bem — Deus condiciona a união eterna com ele se nós nos esforçarmos em fazer a sua vontade que muitas das vezes exige renuncia da nossa parte com sacrifícios pessoais; que não é fácil. Jesus nos ensina: “Portanto, deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Ele faz um apelo para que procuremos ser perfeitos em tudo, embora, isso se torne impossível porque somente Deus é totalmente perfeito, todavia, Jesus nos aponta essa meta como um ideal de vida. O gozo sublime da vida eterna não é só a visão de Deus, mas, a união intima com ele. Deus é a própria perfeição e para nós nos juntarmos, justapormos a ele, exige que nós que sejamos também perfeitos, e isso somente acontecerá quando passarmos desta vida para a outra nos purificando devidamente no purgatório, que onde haverá o ajuste necessário. Possivelmente, Maria, sua escolhida como filha, mãe e esposa não tenha passado por esse estagio de purificação, por menor que seja. O purgatório, claro que não é um lugar, mas um estado de espírito, em que a alma ao deixar este mundo faz um profundo exame de consciência e passa a verificar aquilo que realmente ela é com todos os seus defeitos; grandes, médios, pequenos ou mesmo ínfimos, mas que a impede conscientemente de se unir intimamente com Deus, porém, essas almas sofram aflitivamente por não estarem unidas a Deus que é o seu destino final, elas estão relativamente felizes porque conseguiram a salvação aguardando impacientemente o momento de se unir a Deus. Este é o seu sofrimento. As almas dos falecidos nada mais podem fazer em beneficio de si mesmas, para auto se purificarem, o tempo destinado para isso acabou quando elas deixaram este nosso mundo, porque na eternidade não existe mais tempo, espaço e matéria, porém, contudo, então, entra em ação, a fim de beneficiá-las toda a Igreja a militante, a peregrina neste mundo, que se eleva interruptamente em oração a Deus, de modo especial nas sucessivas e interruptas missas celebradas dia e noite em todo mundo em favor da Igreja padecente, elevando-a, “empurrando-a”, aproximando-a, assim, ainda cada vez mais próxima da Santíssima Trindade para que assim possam, finalmente, ver aquilo que os que os olhos nunca viram os ouvidos nunca ouviram e o coração jamais sentiu. Meditação escrita Para refletir Todos nós cremos alguma coisa. Os ateus crêem que Deus não existe e conseqüentemente que não existe vida após a morte, enquanto que outras pessoas crêem na existência de Deus e que conseqüentemente existe outra vida além desta. Uma coisa está ligada a outra. Existe a suposição quando não há provas que podem ser observadas pelos órgãos do sentido; ver, tocar, inalar, saborear, pela física, pela química, pela cibernética, assim sendo, tanto se pode supor a não existência de Deus como também se pode se supor á sua existência. É uma questão de quer crer numa ou não outra coisa. È uma questão da vontade de cada pessoa. Existem ateus por razão ideológica, como os marxistas que adotam a teoria do materialismo dialético; como disse Karl Marx “A religião é o ópio do povo”. Outros ainda recusam aceitar a idéia de um ser superior que tem o poder de fiscalizar e de julgar os seus atos, a existência de um Deus os incomoda tirando-lhes a liberdade de agirem como bem desejam. Ainda outros, que estão alheios a existência de Deus, pretendem simplesmente ignorá-Lo, não tomar conhecimento da Sua existência, assim eles podem pensar e agir livremente como bem entenderem; Deus não faz parte da vida deles vida, estão alheios a ele. Assim sendo, como é uma questão optativa que tanto se pode não crer na existência de Deus e numa vida além túmulo como também se pode crer na existência de Deus e numa vida após a morte, aqueles que acreditam na existência de Deus partem do princípio que não pode existir obra sem autor, que nada se faz por si mesmo. Uma casa não se constrói por sim mesma, alguém tem que construí-la. Não existe geração espontânea e que alguém acionou do nada o Big-Bang. Se os Bigs-Bangs fossem uma secessão de expansões e retrações do universo deve ter havido obrigatoriamente um primeiro Big-Bang, ou esse processo é eterno? Nunca teve principio... ...? Então a eternidade existe? Caso Deus não exista e nem outra vida após esta, quando uma pessoa morre, deixa de existir, ela cai no vácuo do nada. Crendo nisso, todos que morreram tiveram o mesmo fim foram reduzidos a nada, os grandes benfeitores da humanidade, os grandes cientistas, tiveram o mesmo destino dos maiores malfeitores da humanidade; assassinos cruéis, bandidos de toda espécie se igualaram na morte. Sem mencionar personagens ligadas a religião, mas criaturas como Gutenberg, Mahatma Gandhi, o casal Curie, Braile, Pasteur, Albert Sabin, Ambroise Parré, Pestalozzé. Jenner, Fulton, Bell, Edison passaram a ter o mesmo fim de Nero, Calígula, Hitler, Stalin, todos os facínoras se igualaram na morte. Se nada existir após a morte nunca poderemos ficar sabendo. Ninguém, jamais, poderá pensar após a sua morte: — “Eu não disse que iria existir nada após a morte”, porque o defunto não mais um cérebro para raciocinar. Para os ateus isso seria uma tranqüilidade, morrer sem nenhum sentimento de culpa. Mas, numa segunda suposição, se houver outra vida após a nossa morte imediatamente saberemos que ela existe e que conseqüentemente e que Deus também. Na dúvida, é mais prudente, considerar esta segunda hipótese. Hipótese por hipótese é melhor ficar com a última. Não haverá risco para uma decepção desastrosa e irreparável. José Carlos de Castro Rios — São Paulo – SP.
Para refletir Certo individuo como muitos outros, ele crê em Deus e conseqüentemente crê também numa vida após a morte. Ele se esforça para fazer a vontade de Deus em quem acredita, observando os seus mandamentos, abstendo-se de alguns prazeres oferecidos neste mundo. Mas, como todos os demais mortais, chegou à vez dele deixar este mundo. Morreu. Morreu o seu corpo e o seu cérebro, e com ele a sua inteligência, a sua vontade e sua sensibilidade. Com a morte esse individuo deixou de existir completamente, apenas os seus parentes e amigos o conservaram na memória por algum tempo. Outro individuo, também, como muitos outros é ateu confesso; não crê na existência de um Deus e conseqüentemente não crê numa vida após a morte, em razão disso procurou sem escrúpulos gozar de todos os prazeres que a vida lhe podia proporcionar. Como todos os mortais um dia, também chegou a sua vez de deixar este mundo. Morreu. Para surpresa sua ele viu que havia sim uma vida após a morte e que Deus existia mesmo. Não havia como ele voltar atrás; ele estava perdido para sempre. Crer ou não na existência de Deus e conseqüentemente numa vida após a morte é uma opção da vontade. No primeiro caso o morto não havia como se decepcionar porque ele deixou de existir completamente. Não havia como sofrer uma decepção, ele não podia mais pensar. No segundo caso o descrente teve uma terrível decepção, aquilo que ele sempre havia negado durante a sua existência realmente existia; havia sim uma vida pós a morte e por conseqüência a existência de Deus, e daí ele teve que agüentar as suas conseqüências desastrosas para todo o sempre.
Atualmente a população mundial é aproximadamente de sete bilhões de pessoas, também, aproximadamente há um bilhão de católicos batizados, todavia, dez por cento, isto é, cem milhões em todo o mundo e são considerados praticantes aqueles procuram não faltar à missa dominical e que confessam e comungam com certa freqüência. Destes sete bilhões de habitantes no nosso mundo apenas restam cem milhões que se pré-ocupam com salvação das suas almas. Os desígnios de Deus são imperscrutáveis. Deus é justo, é então de se supor que aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer a verdadeira fé, cristã, católica, mas que procuraram dentro das suas culturas, crenças, em que eles foram criados e que as tendo praticando e tenham respeitado e adorado o seu Criador e as leis naturais que se resume em praticar o bem e repudiar o mau, que também, sejam eles também salvos e até mesmo se santifiquem. Agora, o que pensar daqueles novecentos milhões de católicos batizados, católicos de estatísticas, que apesar de terem sido batizados, feito a sua primeira comunhão, crismados, mas a abandonaram a prática católica? Intelectuais, jornalistas, escritores, atores, atrizes, empresários, praticantes do homossexualismo — segundo consta dez por cento da humanidade tem tendência à homossexualidade —, políticos, etc., etc., Aqueles que nunca se importaram com a salvação das suas almas? Que nunca se pré-ocuparam com isso? Qual seria o destino daqueles que preferiram satisfazer os seus instintos? Para onde iriam as almas daqueles que nunca desejaram ser salvos? Aquelas pessoas que morreram completamente alheias a Deus que nunca ambicionaram a união com o seu Criador acaso após a sua morte ficariam surpresas de estarem salvas? E delas estar inesperadamente presentes para a contemplação a visão beatifica de Deus? Estariam elas espiritualmente preparadas para isso? Sentiriam alguma coisa? “Olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso que Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2, 9). Isso esta a disposição tão somente para aqueles que procuram amar a Deus fazendo a sua vontade, procurando fugir do pecado e procurar atingir a perfeição. “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt 5,48) Assim disse Jesus; também disse ele: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz a Vida. E poucos são os que o encontraram” (Mt 7,13-14). Ainda disse Jesus: “Com efeito, muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. Todos os pronunciamentos de Jesus não foram ditos em vão, cada um deles tem um significado, tem o seu peso que tem que ser considerado. Não cabe a ninguém amenizá-lo. Poder-se ia alguém indagar; Ora, sabendo Deus quando criou o ser humano que muito poucos deles se salvariam, fazendo a sua vontade, obedecendo a seus mandamentos, por que então Deus os criou? Após o pecado original o ser humano perdeu o direito a salvação eterna, na sua misericórdia decidiu que si mesmo, na Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho, se encarnasse em um corpo humano, Jesus, para que fosse uma vítima a altura ao reparo que tinha que ser feito. Se uma ofensa a Deus tem um valor infinito, imensurável, somente uma vítima de igual valor também infinito poderia reparar o pecado cometido, com essa providência divina fez a justiça que tinha que ser feita, mas, como não podia deixar de ser feito, usando de seu livre arbítrio, cabia a criatura aceitar aquilo que Deus estava lhe oferecendo. Muitos aceitaram, outros tantos não. Deus não pede ao homem nada impossível, pede apenas o que é justo e o que está dentro das forças de cada um. Contudo, há de se reconhecer, que no mundo em que nós vivemos ser cristão, católico, não é nada fácil; exige sacrifício. As tentações pecaminosas proporcionadas pelos agentes terceirizados do demônio estão por toda a parte, principalmente, em nossos dias, na televisão. O convite ao pecado, a licenciosidade está em toda parte. Sabendo Deus, na sua eternidade, onipotente, onipresente, onisciente, que poucos se salvariam, por que então criou o ser humano? A oportunidade da salvação foi dada, está sendo dada, e será dada sempre para todos dentro da possibilidade de cada um; só não se salva quem não se interessa pela sua salvação, então não seria justo Deus deixar de criar o ser humano, cujo destino final é a união com ele que é a plena e total felicidade, porque muitos deixaram de ter interesse por isso. Alguns disseram: Como pode Deus que é Amor condenar as suas criaturas a eternidade do inferno? Ora, Deus não condena ninguém, são suas criaturas que usando da sua vontade, do seu livre arbítrio, que se distanciario dele, embora Deus, Jesus, tenha inúmeras vezes convidado aqueles que se afastaram dele entrar na sua grei. José Carlos de Castro Rios — São Paulo – SP. jc.rios@globo.com
As pessoas de bem do Brasil aguardaram ansiosas, esperançosas, pelo resultado do importante trabalho a ser desenvolvido por Vossa Excelência como membro da comissão que vai redigir o novo Código Penal. É esperado que o atual Código Penal, ainda em vigor, venha a ser totalmente revisto e atualizado pelo Poder Legislativo, pois ele foi elaborado nos idos da década de quarenta do século passado. O mundo mudou, e o Brasil também. Eu sou testemunha; naquela época, quando eu tinha onze doze anos via diariamente, logo pela manhã, quando o leite e o pão eram deixados de madrugada na calçada na frente das casas pelo leiteiro e pelo padeiro e ninguém neles mexia. Hoje isso seria totalmente impossível. Naquela época, quando havia um crime bárbaro e ele era publicado na primeira página dos jornais e chocava toda a população, como celebre “crime da mala” que o assassino depois de esquartejar sua mulher queria despachá-la dentro de uma mala no porto de Santos para a Itália, ou o assassinato do filho do americano aviador Charles Lindbergh que teve uma grande repercussão e comoveu todo o mundo. Hoje crimes bárbaros como esses são cometidos diariamente e desgraçadamente a população não se choca mais, acostumou-se a eles e está esperando resignada, temerosa, quando ela vai ser sua próxima vítima, ao andar pelas ruas, quando sai de um banco, quando está num estabelecimento comercial fazendo as suas compras ou na própria residência, casa cercadas de altos muros com arames farpados grades nas janelas ou apartamento. Estamos todos nós no corredor da morte para sermos executados por um bandido; Vossa Excelência e sua família também! Escapar da sanha dos criminosos é uma sorte diária. A insegurança é total. A polícia prende, mas a Justiça solta, porque as leis vigentes assim o permitem e os advogados de defesa sabem muito disso. As atuais leis de execuções penais foram elaboradas pelos parlamentares para beneficiar apenas os facínoras; com redução de penas, saídas na festas de fim de ano, na Semana Santa, no dia das mães, dos pais, visitas íntimas, piqueniques com familiares — até com o acompanhamento de menores de idade — nos pátios dos presídios, etc., com a finalidade de “integrá-los na sociedade”. Inocência, ou esses parlamentares vivem fora da realidade em que todos nós vivemos que eles estão fazendo quando passam a metade da semana visitando as suas bases? Ou estão esses congressistas advogando em causa própria para numa eventual possibilidade deles ou seus familiares ser um dia acusados de algum crime deles gozarem desse mesmo privilegio? Enquanto bandidos assassinos são aliviados das suas penas, suas inocentes vitimas assassinadas estão mortas, sepultadas para sempre, e não vão poder gozar desses benefícios como visitar seus entes queridos nas festas de fim de ano, na Semana Santa, nos dias das mães, dos pais e ter visitas íntimas, estão condenadas a morte para sempre, as vítimas dos bandidos não podem nunca mais ser reintegradas na sociedade! Por justiça aquele assassino profissional que destrói uma vida deveria ter prisão perpetua. Pena de morte não, porque o condenado passaria a ser uma vitima e também depois da sua execução não mais seria possível uma revisão de sua pena. A prisão perpetua para os profissionais seria uma medida dura? Muito mais duro é um inocente perder a vida para sempre nas mãos de um bandido. Segundo estatísticas, setenta por cento desses beneficiados por essas saídas não retornam ao presídio e tão logo se vêm na rua passam logo a praticar novos crimes, e cinqüenta por cento dos assassinatos praticados são feitos por criminosos reincidentes. O diretor do presídio que informa ao juiz o “bom comportamento” do sentenciado para saídas temporárias deveria ser responsabilizado pelo comportamento do preso enquanto ele estivesse fora da prisão, com essa medida, certamente, muitas saídas temporárias deixariam de ser autorizadas. Simplificando: poderíamos dividir os criminosos em dois grupos; os profissionais e os eventuais. Os primeiros são aqueles que têm o crime como meio de seus sustentos e enriquecimento, eles não sabem como ganhar a vida de outra maneira; os segundos são aqueles que cometem o crime num momento tresloucado, insano, motivado por ciúme, briga no transito, etc. Ambos têm que ser responsabilizados pelos seus atos; os primeiros, o profissional do crime, a Justiça não se deve ter a intenção de castigá-los, penitenciando- os pelos seus atos, mas simplesmente segregá-los de uma vez por todas para o bem de toda sociedade, a fim de lhe proporcionar paz e tranqüilidade que ela merece. Felizmente os bandidos profissionais do crime é uma minoria e a maioria da população ordeira tem que ser priorizada e respeitada. Os segundos, os criminosos eventuais, estes sim devem ser punidos exemplarmente, servir de exemplo, a fim de lembrar a todos os demais cidadãos que existe punição sim por crimes movidos por destemperos momentâneos. Existe uma excrescência que está no ultrapassado Código Penal diz a respeito de juízes corruptos que foram alijados dos seus cargos, contudo, pelas nossas leis eles são premiados com a aposentadoria compulsória e continuam recebendo mensalmente seus polpudos vencimentos; em nome da moralidade pública este absurdo tem que ser corrigido porque é revoltante. Qual malandro não gosta de receber um ótimo salário sem precisar trabalhar? Outra medida que tem que ser tomada é quanto à responsabilidade criminal dos menores de dezoito anos. Apenas quatro países na América Latina ainda consideram irresponsáveis pelos seus atos criminosos os menores de dezoito anos: Venezuela, Colômbia, Equador e Brasil, na Europa oscilam entre dezesseis e quatorze anos, na Grã-Bretanha, há poucos anos, um menino de dez anos foi condenado à pena máxima, como se fosse um adulto, por ter assassinado uma menina com requinte de crueldade. Um adolescente de quatorze anos sabe perfeitamente aquilo que é certo e o que é errado, o que é crime; furtar, roubar, matar e o que é e o que não é criminoso; e tem sim que ser responsabilizado pelos seus atos a partir da idade da razão. Se um presidente da republica pode ser eleito com apenas com a diferença de apenas um voto por um menor de dezesseis anos, por que uma pessoa com essa idade não pode ser responsabilizado pelos seus atos como adulto? Alguns teóricos criminólogos defendem que os marmanjos de quinze, dezesseis e dezessete anos ainda estão em faze de formação mental e precisão e que eles precisão ser reeducados conforme está no Estatuto da Infância e Adolescência a fim reintegrá-los na sociedade. Esses teóricos criminólogos me parecem que não vêm televisão, não vêem diariamente na Band Brasil Urgente comandado por José Luiz Datena que mostra a realidade dos crimes em nós estamos vivendo, não lêem jornais, não saem nas ruas, vivem trancados nos seus gabinetes lendo tratados jurídicos ou fazendo palavras cruzadas, por isso não correm o risco de morte que todos nós corremos; não vivem a realidade de toda a população brasileira. O IBGE recentemente mostrou que 80% da população brasileira quer que a responsabilidade penal seja reduzida de 18 para 14 anos, como é a maioria dos países europeus, isto é, do primeiro mundo. Os parlamentares, eleitos pelo povo, têm que fazer aquilo que a população deles exige. É necessário que a Constituição seja alterada? Que se faça urgentemente um plebiscito nacional e cumpram aquilo que os brasileiros desejam e parem de auscultar os teóricos criminólogos. Que os parlamentares ouçam nos seus redutos as suas bases aquilo que ela mais deseja a tolerância zero para da população brasileira espera que os senadores e deputados tenham a devida sensibilidade e a criminalidade e o que revelou o IBGE e que na laboração do novo Código de Direito Penal não lhe decepcione, mas, sim; aplicando tolerância zero nesta rara oportunidade que se avizinha, para assim para dar maior segurança e tranqüilidade ao povo brasileiro. José Carlos de Castro Rios Rua Profº João Batista de Casto, 190 São Paulo — SP. CEP: 04623 150 jc.rios@globo.com